sábado, 25 de outubro de 2008

Estrelas

Me disseram quando pequena que as estrelas eram luzinhas brilhantes. Depois de um tempo minha mãe me contou que estrelas eram as pessoas boas que morriam e subiam até o céu para nos proteger.
Quando cheguei na escola me disseram que elas são na verdade pequenos fachos de luz no infinito e um montão de histórias que nem me lembro mais. Ah, como foi difícil ouvir aquela aula.
Na verdade eu nunca deixei de acreditar na história da minha mãe ou da que eu ouvi quando pequena, mas sempre gostei de ficar olhando para as estrelas escolhendo qual seria a minha.
Sejam fachos de luz, alma das pessoas, vaga-lumes hipnotizados, duendes com lanternas, anjos pendurados no infinito, não importa, eu sempre me mantive encantada por todas elas, sempre vi um encanto escondido naquelas bolinhas brilhantes no céu escuro.
Pra ser sincera eu ás vezes acho e sinto que as tais estrelas são sábios antigos que já estão muito além da nossa dimensão e estão lá no alto pra nos proteger, e nos dar força quando caímos e não temos força para levantar.

domingo, 19 de outubro de 2008

Som...


Começa na ponta dos dedos do pé e sobe até a língua. Parece milhares formigas caminhando sobre minha alma e um picolé derretendo na minha boca.
Aos meus olhos fogos de artifício explodem e as pequenas fagulhas caiem sobre mim como uma chuva, um calor me envolve mesmo com o vento frio que bate em meu rosto.
Minhas pernas e meus pés tomam o controle e me levam para o lugar que eles querem, minha boca resolve se abrir em sorriso e o que ela quer ela faz.
Voo para um mundo distante, uma outra dimensão, um jardim imenso, num lugar qualquer com alguém do lado ou não. Não importa, estou feliz e isso basta, feliz demais. Está tudo tão bom.
Aos poucos tudo passa, aos poucos tudo volta ao seu cinza natural, sem fogos, sem sorriso. Mesmo assim o coração não se acalma, continua a ecoar toda a energia do ar.
Tudo silencia...

...e pensar que era apenas uma música... só uma música.